"A ingrata tarefa de alguns é receber sobre si a culpa de erros alheios, inadmissíveis aos próprios responsáveis. Assim, o maior bode expiatório de todos os tempos, tendo muitos nomes, tem carregado os piores fardos da humanidade.
Ele, no entanto, às vezes, dá-nos certas chances de conhecer nossa realidade interior. Esse fenômeno ocorre quando essa entidade sombria nos olha fundo nos olhos -ao nos contemplarmos detidamente diante do espelho - e nos deixa vislumbrá-lo em claros contornos no interior de nossas pupilas.
'Não me reconheces? Eu sou tu mesmo!' - exclama com desdém.
E parte agitando nas correntes nossas escravas emoções."
Nenhum comentário:
Postar um comentário