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CURSO: TARÔ DE MARSELHA E A ALMA DO MUNDO

CURSO: TARÔ DE MARSELHA E A ALMA DO MUNDO 1o Módulo Mito: o tarô e suas origens no Egito; História: o primeiro tarô e o espír...

sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

QUEM TEM MEDO DO TARÔ?


A imagem foi a grande linguagem da Pré-História, da Antiguidade, da Idade Média, do Renascimento, do Barroco, do Neoclassicismo, do Romantismo, do Realismo, do Simbolismo, do Impressionismo, do Neoimpressionismo e de tudo o que veio depois, inclusive nesta era de ícones nas telas dos smartphones. A imagem é a grande linguagem dos sonhos, a mãe arcaica de todas as metáforas e a matéria-prima da imaginação.


O tarô, sendo um conjunto de cartões (cartas) de imagens, é um livro pictórico cujas possibilidades de leitura são infinitas, porque é possível combinar capítulos distintos e trechos distintos de capítulos entre si com imensa possibilidade de sentidos, embora o assunto seja sempre o mesmo: o ser humano.

Há quem diga que suas 78 cartas correspondem a um homem/mulher cortado(a) em 78 pedaços, semelhante ao mito de Osíris. Cada pedaço, portanto, diz respeito sempre ao mesmo personagem, o ser humano. Assim, cada pedaço tem seu sentido próprio e se liga com todos os outros de diferentes formas. Por isso, ler o tarô é, antes de tudo, ler-se; interpretá-lo é partir do princípio de que existe um sentido e lógica na ação, pensamento e emoções do homem.

Infelizmente é comum ignorar-se que o tarô está impregnado de conceitos platônicos, gregos, judaicos, cristãos e do cotidiano de povos do oriente médio, o que fez dele uma grande enciclopédia do Renascimento italiano e depois europeu. 

No século XX, com contribuições da Psicologia, declarou-se que o tarô reflete a história da grande jornada humana individual e de um universo psicológico riquíssimo a ser investigado.

O tarô, portanto, não é um bicho-papão, é só mais uma produção cultural, artística e filosófica do homem, cujo conhecimento merece ser estudado e divulgado. Como oráculo, talvez sua contribuição mais rica a quem o utiliza não diga respeito exatamente ao que se procura ver revelado acerca do que está fora, no mundo objetivo, mas ao que habita o universo íntimo ainda a ser explorado e conhecido, cuja ação dos mecanismos intrincados de ordem emocional e psicológica transformam-se no oceano de causalidades do ser a impactar sua vida e produzir seus efeitos no mundo. 

Por fim, a fala muda e inicial do tarô - parodiando a esfinge que desafiou Édipo - é sempre a mesma: "Decifra-te ou ignora-me!".

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Ás de Espadas - Tarô de Marselha (Camoin - Jodorowsky)

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