"O nascer é uma morte, morte da existência no útero protegido. E após nascermos, experimentamos inúmeras mortes. A morte da infância, da inocência, de ilusões, a morte do corpo infantil, do corpo adolescente, e mais vagarosamente vamos experimentando a morte do corpo adulto. A morte das crenças, das disposições e dos relacionamentos. Vamos também experimentando a fecundidade da morte, sempre a nos preparar um novo campo, onde nascem os elementos que substituirão aqueles que se consumiram em sua própria natureza. Nisso morte e nascimento são quase uma mesma entidade. Por esse motivo, a entidade morte, apesar do lúgubre aspecto que a envolve, é uma das mais ativas entidades no mundo, ceifando, incansavelmente, corpos, padrões emocionais, padrões psicológicos e todos os fenômenos que advêm - como situações concretas - do reflexo íntimo do que vai no coração e mente dos homens."

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